SOB AS ROCHAS
Quando o silêncio habitar os dias meus
e a amargura não se mostrar presente,
é porque nesta vida descontente,
vivi pra contemplar os olhos teus.
Instantes de tão perto ficam longe,
como se fossem meteoros de amor,
súbitas nuances de perfume em flor,
as pétalas caem, sem sabermos onde.
E fico sozinha com a tua ausência,
querendo a morte como solução.
Assisto dissipar-me a resistência.
E durante as alamedas tortuosas,
procuro sepultar meu coração,
sob o peso das pedras mais rochosas.