Engano

Quisera desse amor colher os frutos,
porém o meu passado me condena
a ter esta existência tão pequena,
destino dos bastardos e corruptos.

Se há dor, a desejei bem mais amena
e os medos, menos fortes, menos brutos!
Da paz, só desconheço os atributos;
ao longe, um só sorriso não me acena...

Vegeto nesse mundo sem ter vez;
A sombra que me segue é tão feroz.
Desejos? Sentimentos abstratos!

A vida me enganou, jamais desfez
seu  truque pois carrego o meu algoz:
- A culpa da inocência dos meus atos!



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