VERSOS AO LÉU
 


Pobre poeta que versejando ao léu,
viaja nas asas destes vendavais...
Da realidade nem se lembra mais,
tem alma nas nuvens e pés no céu.
 
Navega nas ondas azuis dos mares,
conversa com estrelas sobre amor
e promete à chuva, estrofes com cor,
convive na ilusão dos seus amares.
 
Pobre poeta das fantasias benfazejas,
que bebe as gotas de orvalho das flores!
Olha a natureza e diz: bendita, sejas.
 
Arranca suas dores pelo caminho,
ama intensamente falsos amores,
Deita e dorme - para acordar sozinho.
 

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Poema inspirado no Soneto "Tristes Letras" do brilhante poeta Jerson Brito e postado também na sua página.
 
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Junta-se o precioso talento da Poeta HLuna, neste magistral Rondel. Obrigada, Helena.


 
A MINH'ALMA

Minha alma vaga pura, iluminada,
entre as nuvens distante dos vendavais.
É menina, crê em contos, crê em fadas
e no amor, nas estrelas... em tudo mais.

Acredita num mundo onde impere a paz,
onde os atros brilharão nas madrugadas.
Minha alma vaga pura, iluminada,
entre as nuvens distante dos vendavais.

Fantasias do poeta, tão amadas,
têm aroma e perfume angelicais,
nelas vemos e seguimos as pegadas,
que nos levam acima dos temporais.
Minha alma vaga pura, iluminada...

Elen Botelho Nunes
Enviado por Elen Botelho Nunes em 18/03/2010
Reeditado em 21/03/2010
Código do texto: T2146018
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