SÓCRATES

SÓCRATES

Nas sombrias masmorras da Grécia antiga,

Condenado, o filósofo aguara a morte.

Rompe do silêncio o brado de voz amiga:

- Foges oh Sócrates...a porta aberta, é a sorte...

Velho discípulo querido, tanto instiga,

Imaginando lhe dar uma chance, um norte.

Mas o grande gênio não importa e diz – “Siga

os meus paços sem aumento e sem corte”

- "Ninguém pode matar, ao fazerem a lida,

Entregar-lhes-ei somente a matéria bruta,

Um pedaço de toda a minha eterna vida”...

- "Continuo na imensidão árdua luta,

Pela imortalidade que me é concedida,

O espírito continua sempre a labuta”...

Goiânia, 18 de MARÇO de 2010.

jurinha caldas
Enviado por jurinha caldas em 18/03/2010
Reeditado em 08/09/2010
Código do texto: T2145275
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