MEU REBANHO DE SAUDADE
MEU REBANHO DE SAUDADE
Que saudade dos sonhos que perdi
do amanhecer do tempo de sonhar
ao termo da paixão que eu não vivi
por ter adiado o tempo para amar.
Que saudade de quando eu padeci
feliz de amargurar-me sem chorar
das feridas do amor que não senti
fingindo que paixão pode esperar.
Devo viver o lado bom do inferno,
talvez o amor não seja tão eterno
como a luz que seduz a claridade.
Eis ninguém pode separar de mim
as memórias que planto no jardim
solar de meu rebanho de saudade.
Afonso Estebanez