MEU REBANHO DE SAUDADE

MEU REBANHO DE SAUDADE

Que saudade dos sonhos que perdi

do amanhecer do tempo de sonhar

ao termo da paixão que eu não vivi

por ter adiado o tempo para amar.

Que saudade de quando eu padeci

feliz de amargurar-me sem chorar

das feridas do amor que não senti

fingindo que paixão pode esperar.

Devo viver o lado bom do inferno,

talvez o amor não seja tão eterno

como a luz que seduz a claridade.

Eis ninguém pode separar de mim

as memórias que planto no jardim

solar de meu rebanho de saudade.

Afonso Estebanez

Afonso Estebanez
Enviado por Afonso Estebanez em 17/03/2010
Código do texto: T2144599
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