CRENÇAS
Por pensar primavera eu cri nas flores
em meio à chuva, o pranto à chuva preso.
Sementando roseiras, quis amores,
mas da rosa era tempo de defeso.
Por pensar em verão, eu cri nas cores
vindas do sol, de cinza sempre aceso.
O cinza só me trouxe dissabores
cinzando as cores como contrapeso.
Tapetando tristezas, cri no outono
sangrando sonhos de sentido averno
nas roseiras vestidas de abandono.
Eu cri no tempo de um amor eterno
e de um amor eterno cri ser dono
em florido verão. Mas era inverno...
Odir, de passagem
Por pensar primavera eu cri nas flores
em meio à chuva, o pranto à chuva preso.
Sementando roseiras, quis amores,
mas da rosa era tempo de defeso.
Por pensar em verão, eu cri nas cores
vindas do sol, de cinza sempre aceso.
O cinza só me trouxe dissabores
cinzando as cores como contrapeso.
Tapetando tristezas, cri no outono
sangrando sonhos de sentido averno
nas roseiras vestidas de abandono.
Eu cri no tempo de um amor eterno
e de um amor eterno cri ser dono
em florido verão. Mas era inverno...
Odir, de passagem