METAMORFOSE
Quando do reino azul e intangível
baixar esse fatídico decreto
que levará minha alma impassível
e os saudosos vestirá de preto...
Terá meu corpo a terra por morada
tornado pó por mágica alquimia
da terra-mãe a poderosa fada
que o mudará em flor um certo dia
E enquanto pelos espaços radiosos
voando por lonjuras que nem meço
minha alma roga a Deus curta viagem
Vão colorindo as vestes os saudosos
que cedo esqueceram minha imagem
e eu vou chegando ao pouso que mereço
(In "Ecos do Infinito")