Um suspiro de dor!
Um suspiro de dor!
Há um frio que me toma no meio da noite
Me arrebatando dos sonhos, a minha alegria
Com um gélido olhar que corta como açoite
Do desprezo que rasga, escarnece, tripudia
Então zombas de mim como a dama da foice
Cuja face pálida já não mais me inebria
Que à minh'alma cálida retrai com um coice
Destroçando o invólucro da minha galhardia
Já não mais envolto do brio que me ardia
Cabisbaixo, cambaleio atrvés da noite
Já que de escudo, só me resta a ironia
Então me cortas com sagaz picardia
Com a lâmina crespa e terrível aloite
Com a frieza furtiva, ladina covardia
Valdívio de Oliveira Correia Júnior
27/06/2003