SONETO NATIMORTO
Choro ao me ver nos versos esquecidos
provindos de minh’alma, franca e pura!
Melhor seria não os ver nascidos,
compô-los sem registro ou escritura.
Carinhos calorosos concebidos
para os sonhos de espera e de procura.
Lamentos literais desconhecidos,
como se fora breu em noite escura!
Talvez seja das rimas o mal feito,
talvez do verso o verbo meio torto
ou já não saiba mais versar direito.
Naufragado navio em frente ao porto!
Retiro o meu soneto. É sem proveito.
Não tem sinais de vida. É natimorto!
Odir, de passagem
Choro ao me ver nos versos esquecidos
provindos de minh’alma, franca e pura!
Melhor seria não os ver nascidos,
compô-los sem registro ou escritura.
Carinhos calorosos concebidos
para os sonhos de espera e de procura.
Lamentos literais desconhecidos,
como se fora breu em noite escura!
Talvez seja das rimas o mal feito,
talvez do verso o verbo meio torto
ou já não saiba mais versar direito.
Naufragado navio em frente ao porto!
Retiro o meu soneto. É sem proveito.
Não tem sinais de vida. É natimorto!
Odir, de passagem