O ANJO DA GUARDA
Onde escondestes aquela alegria
da rima tranqüila que me encantava?
Tua calma deu lugar a dor escrava,
que parte a lágrima, que me asfixia!
A noite escura incendeia de agonia,
a loucura no teu sono se agrava,
eleva-se a minha prece - tua clava -
como que abrindo o céu do novo dia.
E no íntimo do teu ser em conflito,
sou a voz aflita que implora: levanta-te!
Liberta-me da treva em que habito!
Despejes no corpo esta luz – encharca-te!
Reflita em tua alma o milagre bendito
deste sol que diariamente desperta-te!