VULTO


No âmago da noite, uma sombra...Um vulto.
Há passos que correm além do luar,
quem sabe buscam somente esperar,
destino tranquilo em paz, sem tumulto.
 
No meio da morte, sem rumo, sem nada,
vagueia entre os muros de cada manhã.
Só resiste ao amor. A esperança é vã
no seio, que traz a vontade frustrada.
 
Vulto triste que ronda a madrugada,
de tanto pensar agora é perdido
na rota parede, sua última estrada.
 
Não sabe aonde vai, procura seu norte.
Levando consigo o peito ferido,
jaz repousado, sem medo da morte.
 
 
 
 

Elen Botelho Nunes
Enviado por Elen Botelho Nunes em 11/03/2010
Reeditado em 12/03/2010
Código do texto: T2133590
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