Soneto do Errante
Fagner Roberto Sitta da Silva
Quando o Tempo findar com a sequência
dos meus passos, da curta caminhada,
eu deixarei a minha residência
mortal para seguir por outra estrada.
E, nas malas de minha consciência,
feitas com a minha alma recheada
de sonhos, levarei a experiência,
em fotos, de uma vida despojada.
Irei, por ruas da vazia cidade,
de alma despida de qualquer vaidade,
à procura dos rostos dos amigos.
Seguirei sem destino certo, errante,
deixando, como eterno caminhante,
marcas dos meus sapatos tão antigos...
11 de março de 2010.
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