Soneto à vida.
Dos amores que tive, sou cativa,
Dos dias que vivi, sou aprendiz,
Ouço tudo o que a consciência me diz
Embora, a ela, às vezes, seja altiva.
Fui sempre, à minha moda, o que quiz,
A emoção, sempre me foi, convidativa,
E nela sempre andei na seletiva,
Fui triste, inconsequênte e feliz.
Não levarei comigo a grande pena
De ter vivido aqui sem nada ver
Na alma, já salvei em uma pasta.
E pra toda eternidade ela me abasta
Em toda vida que eu aqui viver
Serei dela a filha mais serena.
Obrigada Mario por essa belíssima interação, muito me honra tê-lo em minha escrivaninha.
Da vida, somos todos aprendizes
E dela recebemos o quinhão
Que cabe a cada um, eis a questão.
Buscamos ser sensatos e felizes.
(Mario Roberto Guimarães)