Finquei a marca dos meus direitos de posse
Nos teus lábios rubros e na tua carne morena.
Plantei no centro do teu peito ofegante,
Uma tabuleta com meu rosto e meu nome.
De ti levei mais que o orgulho de ser dono.
Levei-te a alma, como um punhado de terra,
Que por lembrança se guarda numa bolsa.
Meu coração deixei-te como fiel sentinela.
Um dia voltarei para estabelecer-me em ti.
Oh! minha amada, tu és como a terra generosa
Que só precisa de semente e chuva regulares;
Que derramadas na fertilidade do teu corpo,
Devolverão em troca os rebentos que farão
Da nossa vida um vale verde e florescente.