Soneto
Fagner Roberto Sitta da Silva
Não penso mais em nada... E, se ora estou
sentado neste banco de estação
ferroviária deserta, a solidão
não me matrata. Tudo já passou...
Tudo passou... Sumiu na escuridão!
e nem eu sei o quanto que durou
cada momento, se vestígios ou
marcas ficaram neste coração.
Pois tudo é nuvem, tudo é passageiro
- numa hora chega e noutra vai embora –
e o que ficou se torna verdadeiro...
Mas, deste todo, o que restou, imagens
de imagens que se foram mundo afora,
guardei como tesouro nas bagagens...
10 de março de 2010.