A Víbora II

Espírito sevo das dormentes insanas

Misto de treva e teima na luz a dor

Correntes que rangiam em derredor

No trono das mais cruéis e devassas tiranas.

Enfático na escuridão uma débil profana

Do esconderijo as turvas águas do amor

Amava, à noite, no peito tanto temor

Pugna incessante contra a luz que engana.

Da fremente veia o sangue desejavam

Nos silvos das áspides mais sevas danam

As conspirações deletérias de bocas hiantes.

Uma adaga sinistra jazia no quarto de outrora

A história do rastro de sangue não demora

Nas lágrimas infindas da França de antes.

HERR DOKTOR

HERR DOKTOR
Enviado por HERR DOKTOR em 10/03/2010
Reeditado em 13/03/2010
Código do texto: T2131610
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