A Víbora II
Espírito sevo das dormentes insanas
Misto de treva e teima na luz a dor
Correntes que rangiam em derredor
No trono das mais cruéis e devassas tiranas.
Enfático na escuridão uma débil profana
Do esconderijo as turvas águas do amor
Amava, à noite, no peito tanto temor
Pugna incessante contra a luz que engana.
Da fremente veia o sangue desejavam
Nos silvos das áspides mais sevas danam
As conspirações deletérias de bocas hiantes.
Uma adaga sinistra jazia no quarto de outrora
A história do rastro de sangue não demora
Nas lágrimas infindas da França de antes.
HERR DOKTOR