Dedilhar

Dedilho as cordas do seu violão

Num dó maior tenho um gemido

Toco-lhe alternando as mãos

Ouço um alarido

Lá pelas tantas da segunda melodia

Sinto suas cordas meus dedos engolir

Satisfeito, percebo que já é dia

Mais uma canção, sussurra a me pedir

No violão, de corpo ondular

Penetro todo o meu amor

Não quer que eu pare de tocar

Me implora pedindo por favor

Que eu continue a dedilhar

As suas cordas com fervor.