Quatro sonetos – Assim nasce o medo – Jacó Filho -/- A Sombra do medo – ‘KNZ’ (Ricardo Correia) -/- Esta sombra de medo – Arão Filho -/- Medo? – Elen Nunes.

ASSIM NASCE O MEDO

Jacó Filho

É apenas um embrião, que me assusta...

Vai crescer tanto, até uma ação efetiva,

Que seremos os presos, sem voz ativa,

Num estado morto e solução em busca...

O poder por trás do crime faz-se legal,

E falsificações perfeitas, moldam a lei...

Quero pedir socorro, pra quem não sei,

E não posso confiar, sequer no policial...

O estado fundido bem na nossa frente,

O crime infiltrado, e posto nos moldes...

A massa ficando cega, o governo pode...

Fomo-nos dando conta tão lentamente,

Que permitimos esse medo que sacode,

Ser parte da vida e num súbito explode...

A SOMBRA DO MEDO

KNZ

A saudade, estranha e voraz quimera,

traz nas sombras da noite o cruel castigo.

Dorme a madrugada e eu sonho contigo,

amando-te no espaço de outra esfera.

A solidão é a face rude da fera!

Na escuridão do leito - último abrigo -

um anjo estende-me os braços e eu sigo

por sobre o pavor que minh’alma espera.

A tua imagem ressurge entre o meu medo

num raio de lua que clareia todo o breu.

O silêncio ecoa dentro do arvoredo!

E no meu olhar assombrado ante o teu

brota a lágrima do verso em segredo,

nas asas do anjo que afinal era eu.

ESTA SOMBRA DO MEDO

Arão Filho.

São Luís-Ma, 09/08/2010

Abraça-me a noite insone que s’arrasta

Nos degraus dos meus pensamentos;

E lá fora, nos beirais, sopram os ventos,

Trazendo os lamentos das dores vastas...

...Mas elas não vêm ainda e, este breu,

Espalhado no éter da minha solidão,

Faz pulsar mais forte o meu coração;

Ah se estivesse comigo o amor teu!!!

Hei de apagar esta sombra de medo,

Que se derrama nest’alma açoitada,

Pela ausência de sonhos e alegria!!!...

Vou te contar o meu grande segredo:

Se tu estivesses ao meu lado deitada,

Esta noite arrepiante seria só poesia!!!

MEDO?

Elen Nunes

Não temo as dores repousadas,

no silêncio notívago do meu medo.

Sou esta sombra que avilta meu degredo,

nos meus sonhos durante as madrugadas.

Acolho-me, serena sobre o tempo,

onde a saudade habita apaixonada,

mas ele anda ligeiro e não diz nada,

não atende minha súplica e lamento.

Os meus medos foram-se na enxurrada...

Ficou a vida para eu viver sozinha,

meu destino é viver desamparada.

Não receio as tais dores desatinadas...

Sou parte da solidão que é só minha,

nas rodas deste mundo, desenfreadas.

Esta obra é fruto duma brilhante parceria, que me traz grande honra e orgulho, e pela qual agradeço a Deus e aos amigos KNZ, Arão Filho e Elen Nunes... Que Deus retribua vossas dedicação e gentileza adequadamente...

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Obrigado mestre Miguel Jacó por seu excelente presente, que valoriza ainda mais cada verso destes sonetos, e que Deus lhe retribua devidamente.

Nasce o homem condenado ao estranho,

Os segredos pouco são esclarecidos,

Convivências com marginais e bandidos,

Colocam-nos neste pavor sem tamanho.

Não bastasse este incomodo tão cruel,

Tem ainda as paixões desprevenidas,

Produzindo os desalentos e as feridas,

Recalcando o prazer que aquece a vida.

O fantasma da velhice logo nos chega,

Provocando as insônias incontáveis,

Não sabendo mais ao certo o que deseja.

Apegamos-nos aos santos dos milagres,

E os medos se avolumam como bolhas,

Produzindo uma colônia de confrades.

Meus aplausos aos quatro poetas pela primazia de seus escritos cada um expôs com muita propriedade os seus sentimentos sobre esta elemento incolor e inodoro que tanto perturba a vida humana, o medo. Tenham todos um lindo dia. Um grande abraço a vocês. MJ.

Enviado por Miguel Jacó em 10/03/2010 08:44

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Obrigado mano GILDO OLIVEIRA por seu excelente presente, que valoriza ainda mais cada verso destes sonetos, e que Deus lhe retribua devidamente.

Oh! Pai, que me houve a todos os segredos

Daí paz a estes jovens tirando-lhes o medo

Livrando-os das dúvidas, dando-lhes a luz

Para pisarem firme juntinhos a Jesus

Que o medo seja banido de seus corações

E vivam felizes a certeza de que na vida

O medo é apenas uma das nossas imperfeições

Resultado das lições que foram mal aprendidas......

Parabéns! Mano Jacó a ti e aos belos sonetos dos demais poetas , fiz este pequeno poema para homenageá-los... Sem medo.

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Obrigada Dolce Bárbara por seu excelente presente, que valoriza ainda mais cada verso destes sonetos, e que Deus lhe retribua devidamente.

São três Sois...

e uma Lua...

Um encontro deste na poesia denomina-se eclipse poético...

São belezas raras...

Poucos vemos por ai...

Apreciar um espetáculo deste logo pela manhã...

Certamente o dia terá um brilho especial...

A magia foi lançada ao ar...

E os ventos espalham por toda direção...

Amei ler-te...

É um deliciar palavra por palavra...

E meus olhinhos agradecem...

É tão doce que mesmo de olhos fechado consigo sentir...

Eu beijo os quatro com todo carinho.

Um deliciante dia...

Aplausos pela primorosa obra...

Enviado por Dolce Bárbara em 10/03/2010 08:51

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Obrigada ANGELICA GOUVEA por seu excelente presente, que valoriza ainda mais cada verso destes sonetos, e que Deus lhe retribua devidamente.

J untaram-se sem medo

A ssim em segredo

C apricharam no talento

O fertando a nós este grande momento.

Foi a sintonia da perfeição

I ncendiando a inspiração

L evando a esta bela união,

H armoniosa e de forma caprichosa

O rnamentou este conjunto de composições.

COM CARINHO E SAUDADE ANGELICA GOUVEA

Enviado por ANGELICA GOUVEA em 10/03/2010 08:28

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Obrigada por Helena Grecco por seu excelente presente, que valoriza ainda mais cada verso destes sonetos, e que Deus lhe retribua devidamente.

No abrir de olhos da madrugada

Os raios de sol despontando...

Poetas recolhem as palavras

Que nos campos, em orvalhadas

O manto da noite deixou cair

Cuidam-nas com carinho

Dispõem-nas no límpido papel

E num passe de magia

Compõem versos, lindas rimas

Encantando os seus leitores

Com a mais bela poesia!

Não há quem não se encante com este encontro maravilhoso de talento e pura poesia!Parabéns a todos os poetas. Lindo dia, bjs helena

Enviado por Helena Grecco em 10/03/2010 12:56

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Obrigado mestre NATHANPOETA por seu excelente presente, que valoriza ainda mais cada verso destes sonetos, e que Deus lhe retribua devidamente.

Pertinente seu soneto. Permeado de realidades. Para descontrair um pouco segue esse soneto como parte do meu comentário:

O RESTO MORREU DE MEDO

Num belo dia em uma pequena e pacata cidade

Chegou por lá dona morte toda cheia de razão

Convocou seus moradores e também autoridades

E o bate papo encrencado gerou muita discussão.

Dona morte decretou hoje mato mais de mil

O prefeito preocupado chamou seu advogado

O juiz e o promotor e logo uma idéia surgiu

Peçamos pra dona morte desfazer o ultimado.

Dona morte quando ouviu logo se compadeceu

Abrandou sua sentença: Só cem e não tem segredo

No dia por ela marcado, foram ver o que sucedeu.

Tinha mil pessoas mortas um verdadeiro degredo

Questionada do ocorrido, mui soberba respondeu

Cem fui eu quem matou o resto morreu de medo.

Fica com Deus.

Enviado por NATHANPOETA em 11/03/2010 07:10

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Obrigada Nativa por seu excelente presente, que valoriza ainda mais cada verso destes sonetos, e que Deus lhe retribua devidamente.

Se estamos sofrendo com o medo

É sinal que o modelo de vida está em desacordo com algum "princípio"

Ou reconhecemos o erro da nossa "posição" para corrigi-lo

Ou então seguimos desatentos

Como se não houvesse falha nos nossos procedimentos.

Beijo poeta, parabéns para ti pelos versos.

Enviado por Nativa em 13/03/2010 09:31

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