Soneto n. 128


E no dia que tiver que sair irei serena
buscar o porto prometido e definitivo,
que me transforme em pessoa plena,
livre para obter destino mais positivo.
*
Ao longe, a rota inevitável me acena,
como um passaporte quase seletivo,
a unir adeus, pranto, velas, acuçena,
em momento único, triste...emotivo.
*
Se sempre tem o gosto acre de partida
nessa passagem sem qualquer alegria,
é, eu o creio, o início de uma nova vida.
*
Então, com confiança, guiarei meu barco
singrando nesse dia de Luz e de Alforria -
não a um ponto final, mas a outro marco.


Silvia Regina Costa Lima


15 de fevereiro de 2010





Obs: Espiritualista, eu creio em recomeços...

SILVIA REGINA COSTA LIMA
Enviado por SILVIA REGINA COSTA LIMA em 08/03/2010
Reeditado em 02/11/2023
Código do texto: T2127688
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