Chove-me a cântaros na alma

A chuva cai,feita de inverno

já não me traz nada de novo

são lágrimas que chora o povo

dor que não conhece interregno

Os dias vestem-se de noite

o sol teima em não aparecer

Deus não dá tréguas, vai chover

e o vento castiga, feito açoite

Sou permeável ao degelo

que engole a terra e a confrange

céu que agoniza, vão flagelo

Trago o desânimo no rosto

rio que verte um caudal aposto

chove-me a cântaros na alma

Fana
Enviado por Fana em 08/03/2010
Código do texto: T2127001
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