O INSETO DO ÓDIO [CLXXXV]
Quero extirpar o ódio dos neurônios
de todo ser vivente sobre a Terra;
qualquer ressentimento a mim emperra
e põe-me a sensatez nos manicômios.
A vida em paz só tem quem tange a guerra;
por isso, passo à moda dos campônios
– anônimos Josés, Joões, Antônios,
que estão concordes, no sertão ou serra.
Vamos ao próximo cortar o ódio,
a começar, aqui, já por mim mesmo,
tirando o desgraçado, assim, do pódio.
Quero um desarmamento tão completo,
que, sempre, quando me encontrar a esmo,
tenha motivo a combater o inseto.
Fort., 08/03/2010.