NOVO POETA IDOSO

O NOVO POETA IDOSO

Tem setenta e um, mas pensa e sente dezoito

jovem co’a experiência do alto dos noventa;

da faina crítica de opiniões se isenta

seu cominho pela vida foi largo e afoito.

Horas há que a escalada tem sabor de menta;

outras vezes, sem hora de escolha do introito,

embrenha-se em sua arte, quando, dia ou noite,

o estro vem à tona e em silêncio se apresenta.

É assim o poeta, de múltiplos carismas,

além do poema, faz contos, crônicas, cismas;

vezes se eleva ao pedestal do romancista.

Mas o poeta não se forma e não se cria;

é um dom de Deus o sublime da poesia

que o fez apto, desde evos, para esta conquista.

Afonso Martini
Enviado por Afonso Martini em 05/03/2010
Código do texto: T2121268
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