... VESTIDA!




Vestiu-se de vez, e se fez de armadura daninha
Soltou as amarras, das barras da verborragia ferina
Olvidou-se de mim, enfim, deixou de ser minha
Mostrando as garras cruéis, infiéis, de fera felina...!


Vestida de flores do campo, de branco, tão fina,
Não se reconhece aquela que esquece o amor
E mesmo na noite, de medo se esconde aquela menina
Que trouxe consigo, escondido, o veneno da dor...!


E tão sutilmente injetou-se em alma tão pura
Tornou-se egoísta em metamorfose da aura candura
Vingando a si mesma, mordendo a ferida sem cura...!


O tempo que nos traz a paz, virá com certeza
Os olhos que brilham e vigiam toda a natureza
Não deixará, mulher, que o ódio estrague a beleza...!




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