Espelho da saudade

Espelho da saudade

O frescor daquela doce madrugada de repente

Surpreendeu-nos num bailando sob estrelas amigas

O vento que fustigava as palmeiras era nossa cantiga

Embalando sonhos radiantes do anoitecer procedente

Risadas contidas que se calavam num beijo ardente

Olhares evocando a lembrança de fingida briga

Respiração alterada num prenúncio da paixão que castiga

Refletindo as sensações de nossos corpos no ambiente

Lustres do firmamento o imaginário trazia confiante

Iluminando os vultos entre flores coloridas oscilante

Testemunhas mudas de ternas valsas de amor...

Aos poucos o passado desnudado se cobre em agonia

A vida mais parece um livro de desconhecida autoria

Presa no espelho da saudade entre gemidos de dor.

Norma Bárbara

Norma Bárbara
Enviado por Norma Bárbara em 02/03/2010
Código do texto: T2115711
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