DEIXEM-ME DORMIR

À noite parece imensa se não consigo dormir
Perco-me entre os lençóis navego por entre os sonhos
Já é quase de manhã não há mais ninguém aqui
Recordo que só sonhei nos braços do abandono.

Já despertada dos sonhos visitada pelo sol
Bate forte uma saudade que junto da solidão
Até são acalentadas ao ouvir um rouxinol
Que sobrevoa o espaço musicando a inspiração.

O dia prossegue lento, passo a passo chega ao fim
A tarde vem sonolenta agasalhar-se na noite
Que talvez me acalente e até me faça dormir...

Quem sabe de tão cansada a solidão junte-se a mim
E a saudade não doa, vá com a brisa num acoite
Para que eu finalmente também consiga dormir.


Brasília, 01/03/2010