GLORINHA, A GAIVOTA

Olhei para o céu e vi uma ave ignota,

só por prazer a mirei com minha espingarda de sal,

quando caiu é que percebi que era uma gaivota,

diferente das demais por ter belas asas de cristal.

Por que eu tive esta idéia pra lá de idiota

de abater sem motivo algum o inocente animal?

Pela aparência rara só pode ter vindo de uma terra remota

e ainda não sei o motivo dela está fora do seu habitat natural.

Para acabar com o sentimento de culpa, resolvo cuidar da ave.

Mais com remorso fiquei ao saber que o estado dela era grave.

Chamei veterinário, pai de santo, tudo para salva-la, não ficar mal nesta estória.

Com a ajuda terrena e divina a situação foi contornada.

O bichinho acabou ficando apenas com a asa direita quebrada.

Por ter saído do sufoco e do remorso, dei o nome de gaivota de GLÓRIA.

O FILHO DA POETISA

Filho da Poetisa
Enviado por Filho da Poetisa em 01/03/2010
Código do texto: T2114719