Nosso querer

À mulher escolhida envio meu verso

E a ela atrelado, ainda que disperso,

ouvirá todas minhas derrotas e façanhas

rimas, blasfêmias e caricias se ela se assanha

guardaremos para nós segredos e intimidades

e, a sós, nos revelaremos com veleidade

o que no amor podemos, e devemos, explorar

mistérios teremos, outros explorem outro mar

e da troca de ternura indo até a lascívia

ouvindo acordes que o vento assovia

somos margeantes de um intenso querer

e ladeando tudo que nosso amor há de ser

ondas maiores arrefecem, se tornam banzeiros

ainda nosso amor há de brilhar como candeeiros

Roberto Chaim
Enviado por Roberto Chaim em 28/02/2010
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