FATIGADA


Pela estrada aonde vinha fatigada,
nas brumas de orvalho reconheci,
teu semblante na alcova onde dormi,
a carícia de amor por mim guardada.

Era ternura em minha direção,
enquanto contemplava meus desejos,
de sugar de tua boca longos beijos
e abrandar outra vez meu coração.

Peregrina, misturei-me a tua imagem
na ânsia de sorver toda esta ventura...
No ir e vir do voo noturno da viagem.

Eis que amanhece, estou outra vez sozinha
e nada existe além da desventura...
Mas admiro tua figura que é minha.


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Grande honra e emoção, ao receber tão lindo Rondel da exímia Poeta HLuna. Gratíssima.


Amanhece outro dia, e eu sozinha...
Porém fica a noite densa, a sombra escura,
um lamento, espécie de ladainha,
que não tem qualquer beleza ou formosura.

Em lampejos sinto pulsar a ternura
do que um dia recebi - era rainha.
Amanhece outro dia, e eu sozinha...
Porém fica a noite densa, a sombra escura.

Na estrada, fatigada, há muito eu vinha,
ansiando divisar tua figura
no horizonte, lá onde se funde a linha,
que une a Terra e o mar, tênue mistura.
Amanhece outro dia e eu sozinha...
                
                                        HLuna


Meu querido Poeta Catulo,que alegria ler-te. Obrigada por teus versos carinhosos.

Elen Nunes é u nomi
Duma istrêla brilianti
Qui ilumeia tudo o céu
Mió qui as istrelas piscanti.

Eu ficu a adimirá
U ispredô qui disprendi
Dessa istrêla tão crara
Qui as ôtras istrela acendi!

                        Catulo


Elen Botelho Nunes
Enviado por Elen Botelho Nunes em 27/02/2010
Reeditado em 01/03/2010
Código do texto: T2111276
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