CHEIA DE VIDA
CHEIA DE VIDA
Sabe aquela árvore lá na praça que gostas de abraçar?
Mandou-te um recado quando eu passei perto dela.
Falou-me que está verdinha e doida para te abrigar,
Pela tua vaga na sua sombra refrescante sempre zela.
Ansiosa espera rapidamente logo te encontrar,
Bem antes da estação que fica toda amarela.
Sozinha nas tardes-noites sem ver-te conversar
Com todos e com tudo, velha amiga tagarela.
Não deixes para ir depois de um longo sono,
Vás antes que as folhas secas caiam no outono
Lembrando-nos que todos mudam de idade.
Cheia de vida como se pudesse como tu, ir embora.
Mas fixa, presa ao chão não lhe resta nada agora;
A não ser como nós, enchermo-nos de saudade.
Goiânia, 26 de fevereiro de 2010.