JURAMENTO
Um dia, olhos nos olhos, num altar
Juntamos nosso trapo e nossa sorte.
"E nada nos iria separar"
-Essa jura no amor tinha o suporte.
Só algo inevitável, muito forte
Poderia essa jura enfim quebrar;
Teria fim o sonho - nosso lar,
Quando nos alcançasse a mão da morte.
Hoje vivo infeliz aqui, sozinho
E vives sorridente em outro ninho.
A sina transfomou-me neste traste.
Tu vives! Também vivo (isto é viver?...)
Mas morreu de repente em teu querer
O amor sem fim que um dia me juraste.