Revelação
Descobri nas entrelinhas de teu rosto
Como um arroio ao sangrar das águas
Um veio, onde fluía uma mágoa
A deslizar serena ante o sol-posto
Uma linha desbotada, quase oculta
Entre outras mais antigas, apagadas
Como um vulto a seguir por longa estrada
Que a luz da lua, por momento avulta
Qual tristeza, em tua face passeava
Tão secreta, tão guardada em cuidados
Que tão tímida, assim, se confessava?
E quem, disfarçado, em silencio mora
Nas dobras desse tempo ainda presente
Por quem finges, por quem juras, que não choras?
Descobri nas entrelinhas de teu rosto
Como um arroio ao sangrar das águas
Um veio, onde fluía uma mágoa
A deslizar serena ante o sol-posto
Uma linha desbotada, quase oculta
Entre outras mais antigas, apagadas
Como um vulto a seguir por longa estrada
Que a luz da lua, por momento avulta
Qual tristeza, em tua face passeava
Tão secreta, tão guardada em cuidados
Que tão tímida, assim, se confessava?
E quem, disfarçado, em silencio mora
Nas dobras desse tempo ainda presente
Por quem finges, por quem juras, que não choras?