Revelação

 
Descobri nas entrelinhas de teu rosto
Como um arroio ao sangrar das águas
Um veio, onde fluía uma mágoa
A deslizar serena ante o sol-posto
 
Uma linha desbotada, quase oculta
Entre outras mais antigas, apagadas
Como um vulto a seguir por longa estrada
Que a luz da lua, por momento avulta
 
Qual tristeza, em tua face passeava
Tão secreta, tão guardada em cuidados
Que tão tímida, assim, se confessava?
 
E quem, disfarçado, em silencio mora
Nas dobras desse tempo ainda presente
Por quem finges, por quem juras, que não choras?
Eliana Schueler
Enviado por Eliana Schueler em 24/02/2010
Reeditado em 24/02/2010
Código do texto: T2104224
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