Soneto Da Solidão

Neste ocultismo de um abismo imenso

que deixa pasmo sem saber por quê;

talvez o cofre de segredo denso

esteja dentro pra ninguém o vê.

A sete chaves - meu real privê,

guardo a agonia lacrimal num lenço,

toda pungência sem alguém pra ter...

Secando nele este meu pranto intenso.

O dia passa - a andorinha leve!

A noite vem em solidão e horror,

trazendo à cama uma saudade breve

que dura o tempo necessário for,

meu peito todo se congela em neve,

porque deseja neste Oculto o amor.

23/02/2010 12h30

Cairo Pereira
Enviado por Cairo Pereira em 23/02/2010
Reeditado em 20/07/2010
Código do texto: T2103592
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.