Soneto Da Solidão
Neste ocultismo de um abismo imenso
que deixa pasmo sem saber por quê;
talvez o cofre de segredo denso
esteja dentro pra ninguém o vê.
A sete chaves - meu real privê,
guardo a agonia lacrimal num lenço,
toda pungência sem alguém pra ter...
Secando nele este meu pranto intenso.
O dia passa - a andorinha leve!
A noite vem em solidão e horror,
trazendo à cama uma saudade breve
que dura o tempo necessário for,
meu peito todo se congela em neve,
porque deseja neste Oculto o amor.
23/02/2010 12h30