Um soneto de esperança

Por um momento, só por um momento,

Quisera eu com tais versos suspirar-te

Amor, mas da pena se carece a arte

Se ao peito carecer contentamento.

Busco inda em teus risos o meu alento

Em desagrado por não agradar-te;

Maltratado por só a ti bem tratar-te;

Preso ao malditoso sofrimento!

Mas a mor preciosidade humana

– Esperança! – jamais me abandona,

Porquanto digna Fortuna eu mereço.

Destarte, por ti, minha bela Dona,

[De quantas graças e lindeza ufana!]

Dedicado e amoroso permaneço!

Jack Fernandez
Enviado por Jack Fernandez em 22/02/2010
Código do texto: T2101057
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