Segunda – Feira

 
No horizonte, a manhã infinita...
Dia novinho, celeste, lá vem,
Vestido de luz responder amém
À oração que a vida recita
 
O mar, imenso e manso se espalha
Na concha da terra, à beira da areia
No meio do mundo, arfando, a veia
Do homem que corre, que chispa, trabalha
 
De dentro estimo o rito usual
Tão duro, tão tenso, tão grande agonia
Por coisa de nada, sem graça, banal...
 
Um não me interrompe, correndo volteio
Me atiro no mar... Nem olhei o sinal!
E a água me embrulha em sexo e seio.
Eliana Schueler
Enviado por Eliana Schueler em 21/02/2010
Código do texto: T2099488
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