À VIDA (MENINA, MULHER)

Nunca perdi o jeito de ser menina

Aquele jeito de criança arrebatada

Nasci Mulher, trazia na mão a sina

Mas sem madrinha, nasci mal-fadada.

Nasci humilde, em casa de telha vã,

Lutei pelo meu pedaço de chão e sol

Ainda menina aguardando meu amanhã,

Venci medos, mas a Vida não foi mole.

Tinha Sonhos, tantos que depressa voei

Depressa, que aprendi a palavra saudade!

De alma pura esqueci do Mundo a maldade.

Um punhado de terra, nos há-de separar

É esta a verdade na minha alma assente!

Mas enquanto viva serei, saudade da gente.

rosafogo

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