Phoenix
Se ainda assusta o céu que além se mostra,
Com o cinza abrindo espaço a novas cores,
Os dias dão alento ao que me prostra,
Como a me resgatar por dentre as dores.
E em que o pulsar da vida me amedronte,
Quando o Existir parece o inimigo,
Me dá conforto olhar para o horizonte...
Pensar que lá, talvez, há um novo abrigo!
Da longa noite o sol reclama espaço:
Derrama o brilho e seu calor no abraço
Que teima em me acordar para o seu grito.
Sem trégua, vai me impondo seu compasso,
Sem me poupar nem mesmo no mormaço...
E, pouco a pouco, então, eu ressuscito!
Obras publicadas: www.lojasingular.com.br