Phoenix

Se ainda assusta o céu que além se mostra,

Com o cinza abrindo espaço a novas cores,

Os dias dão alento ao que me prostra,

Como a me resgatar por dentre as dores.

E em que o pulsar da vida me amedronte,

Quando o Existir parece o inimigo,

Me dá conforto olhar para o horizonte...

Pensar que lá, talvez, há um novo abrigo!

Da longa noite o sol reclama espaço:

Derrama o brilho e seu calor no abraço

Que teima em me acordar para o seu grito.

Sem trégua, vai me impondo seu compasso,

Sem me poupar nem mesmo no mormaço...

E, pouco a pouco, então, eu ressuscito!

Obras publicadas: www.lojasingular.com.br

Luiz Roberto Bodstein
Enviado por Luiz Roberto Bodstein em 19/02/2010
Reeditado em 19/03/2012
Código do texto: T2095792
Classificação de conteúdo: seguro