FETICHE E TALISMÃ [CLXXIX]

Andava só, minha alma desolada,

em rumo incerto, feito um peregrino;

o coração deserto e pequenino,

meu lar comum o céu da madrugada.

E alguma coisa, as forças do destino,

algo superior nos pôs na estrada;

e te encontrei só para a minha amada,

donde que vou a ti alçar-te um hino.

Tu és meu ás... Ao pódio vou levar-te

como da vida atleta e campeã,

mulher querida, musa que me inspira.

Amando-te, direi por toda parte

que tu és meu fetiche e talismã

– a corda mais gentil da minha lira.

18/02/2010.

Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 18/02/2010
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