Tempos de esperança
Ando por verde tarde fragorosa
Cheio de abrolhos... Pétalas... Horrores...
Sob mansa chuva a alma ganha amores
Numa gota de orvalho sobre a Rosa...
Flor de outros campos, mística e formosa
Nos detalhes exóticos primores
Aspergindo no céu mil fulgores
És tão sensível quanto presunçosa,
E vou num caminhar tão encantado...
Deleitando- me em cândidas lembranças...
As velhas primaveras... Louco outono
Do plácido inverno de abandono
Apenas vou num passo delicado
Vou por tempos de novas esperanças...