Soneto 521 com Marcos Loures
DESERTO INTERIOR
Perdi-me neste deserto profundo
Mil indagações sonhos ambulantes
Sem pousada vasculhando um mundo
Imperfeição ou perfeição deslumbrante!
Perdi a chave não sei qual direção
Qual encruzilhada sobrevive o amor
Como trovão é rápido furacão
Dissimulado engana o construtor
Pudesse eu dissecá-lo nas entranhas
Embalaria como nuvem no espaço
Aconchegando a chuva no regaço
Prostrada me renderia em plenitude
Assim meu pensamento em amiúde
Folheava meu deserto sem façanhas
sonianogueira
Desertos que cultivo dentro em mim
Vagando sem destino, um beduíno
Ao mesmo tempo tento e não domino
Viver a fantasia até o fim,
E quando me disfarço sigo assim
Vencido pelos ermos, desatino
E tudo o que pudera determino,
Meu canto sem Oásis e Aladim,
Das tramas entre tendas e camelos
Ainda sobre a areia posso vê-los
E dessedento a sorte em cada sonho,
Haréns entre sultões e ventos fortes,
Só quero o teu amor, e me confortes
Nesta miragem rara que componho.
marcosloures
DESERTO INTERIOR
Perdi-me neste deserto profundo
Mil indagações sonhos ambulantes
Sem pousada vasculhando um mundo
Imperfeição ou perfeição deslumbrante!
Perdi a chave não sei qual direção
Qual encruzilhada sobrevive o amor
Como trovão é rápido furacão
Dissimulado engana o construtor
Pudesse eu dissecá-lo nas entranhas
Embalaria como nuvem no espaço
Aconchegando a chuva no regaço
Prostrada me renderia em plenitude
Assim meu pensamento em amiúde
Folheava meu deserto sem façanhas
sonianogueira
Desertos que cultivo dentro em mim
Vagando sem destino, um beduíno
Ao mesmo tempo tento e não domino
Viver a fantasia até o fim,
E quando me disfarço sigo assim
Vencido pelos ermos, desatino
E tudo o que pudera determino,
Meu canto sem Oásis e Aladim,
Das tramas entre tendas e camelos
Ainda sobre a areia posso vê-los
E dessedento a sorte em cada sonho,
Haréns entre sultões e ventos fortes,
Só quero o teu amor, e me confortes
Nesta miragem rara que componho.
marcosloures