A metade negra

Que povoa tanto o coração, obsessão

Interminável no cerne insalubre

E quando agoniza a dor sem perdão

Vejo os entes mortos de preto, lúgubre.

Pútrido andrajo que o cobre, tensão

Sobre este pórtico denso e salubre

Pacto com a morte ó triste abstração

Extirpada do meu âmago fúnebre.

Anjos Negros tão vis haviam feito

Deste orbe inócuo cheio de defeito

Num oceano interminável e triste.

Quiçá seja porque os inimigos viste

Tantos o são que escurecem o ser, riste...

Do cão de peçonha vil e imperfeito.

Herr Doktor

HERR DOKTOR
Enviado por HERR DOKTOR em 04/08/2006
Reeditado em 05/03/2009
Código do texto: T209104
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