Soneto 520 com Marcos Loures
*SILÊNCIO
No silêncio a rua dorme aflita
Carros que repousam na garagem
O passo não trafega nem habita
Tudo é calma na cidade aragem
Até o vento quieto se intimida
Sussurra na calada desta data
A sala da casa parece reduzida
Até a igreja sem o som vulgata
Mas o Rio está gritando liberdade
São Paulo embelezou suas nuas
Recife com o frevo em igualdade
No silêncio, as palavras falam
Procuram outras paragens ruas
Vão ao poeta que rimas cultuam
sonianogueira
E faço com o nada um novo trato.
Trazendo este silêncio que me acalma,
Por mais que a realidade adentrando a alma
Prepara para a dor sobejo prato,
Se tanto me entregando já destrato
O bem que sendo imenso; nega o trauma
Perfilo em descaminhos medo e calma
E a eles com denodo, eu sigo grato.
Empedernidos dias horas vãs
Ascendo aos desencontras das manhãs
Anoitecendo em mim a primavera,
Esvaecendo o que se fez peçonha,
Poeta quando canta ou sofre, sonha
Do morto e do fantástico se gera.
marcosloures
*SILÊNCIO
No silêncio a rua dorme aflita
Carros que repousam na garagem
O passo não trafega nem habita
Tudo é calma na cidade aragem
Até o vento quieto se intimida
Sussurra na calada desta data
A sala da casa parece reduzida
Até a igreja sem o som vulgata
Mas o Rio está gritando liberdade
São Paulo embelezou suas nuas
Recife com o frevo em igualdade
No silêncio, as palavras falam
Procuram outras paragens ruas
Vão ao poeta que rimas cultuam
sonianogueira
E faço com o nada um novo trato.
Trazendo este silêncio que me acalma,
Por mais que a realidade adentrando a alma
Prepara para a dor sobejo prato,
Se tanto me entregando já destrato
O bem que sendo imenso; nega o trauma
Perfilo em descaminhos medo e calma
E a eles com denodo, eu sigo grato.
Empedernidos dias horas vãs
Ascendo aos desencontras das manhãs
Anoitecendo em mim a primavera,
Esvaecendo o que se fez peçonha,
Poeta quando canta ou sofre, sonha
Do morto e do fantástico se gera.
marcosloures