uma VELHA FOLHA de PAPEL
Se acaso alguém achar esta poesia
Num papel velho, roto, amarelado
(Eu, autor, no descanso do outro lado)
Esse alguém saberá que houve um dia
Um vate (falso vate) que escrevia,
Inconformado com o triste fado,
Tentando fazer versos. Pois sofria
Mal de amor -Por amar sem ser amado.
Lerá -curiosidade! - todos versos
E rirá dos amores tão adversos,
Da poesia e do tal poeta mixo.
E assim ao terminar, indiferente,
Amassando o papel irá em frente,
Jogando-o num latão cheio de lixo.