MEU CARNAVAL!

Ah... que esse carnaval há de acabar

e com ele essa sua alegria dissimulada

e as máscaras com que queres me anular

E quando acabar, estarás de novo acabada...

Ah... que almejo a quarta feira de cinzas

que nela acordarás arrependida e louca

por nossas alegrias e histórias findas

com gosto de esperma pela tua boca...

acordarás tão pesada e solitária

que sob tua cama maior abismo não haverá

(nenhuma alma te será jamais solidária)

disseste não ao meu nervoso e louco amor

- quando era carnaval e a alegria no ar -

viverás agora presa ao teu próprio torpor...

David Souza
Enviado por David Souza em 15/02/2010
Reeditado em 15/02/2010
Código do texto: T2088968
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