MEU CARNAVAL!
Ah... que esse carnaval há de acabar
e com ele essa sua alegria dissimulada
e as máscaras com que queres me anular
E quando acabar, estarás de novo acabada...
Ah... que almejo a quarta feira de cinzas
que nela acordarás arrependida e louca
por nossas alegrias e histórias findas
com gosto de esperma pela tua boca...
acordarás tão pesada e solitária
que sob tua cama maior abismo não haverá
(nenhuma alma te será jamais solidária)
disseste não ao meu nervoso e louco amor
- quando era carnaval e a alegria no ar -
viverás agora presa ao teu próprio torpor...