CAMINHANTE

Nas ruas por onde anda o caminhante

Sujo e sem rumo não faz barulho

O herói anônimo é um cavaleiro errante

Que leva nas mãos um embrulho.

Se senta prostrado na calçada

Lembranças a lhe corroer a alma

O dia foi mais uma caçada

Sente que é preciso ter calma.

As mãos trêmulas desfazem o laço

O suspiro afoito sufoca o peito

Há medo, há tormento, há cansaço.

Tudo estará num instante desfeito

Pos fogo nas cartas do maço

E insanamente sorriu satisfeito.

Vania Morais
Enviado por Vania Morais em 15/02/2010
Código do texto: T2088201
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