Soneto n.124


Não quero saber o que haverá
do outro lado do arcobaleno,
e se eu não tomo um veneno,
é que sei, tudo ainda passará.

Dizem que Deus tudo proverá,
que eu devo manter-me sereno,
mas meu penar não é pequeno
e eu temo o que, a mim, restará.

Ahh! ... Tudo está sempre doendo
e eu vivo, de outros seres, apartado,
desconfiado, descontente, sofrendo.


E em sonhos maltrapilhos, tão perdidos
por viver neste Fado difícil... limitado,
meus olhos fazem água - entristecidos!


***
Silvia Regina Costa Lima
13 de fevereiro de 2010






** É apenas poesia do eu-lírico.


**Arcobaleno em Italiano significa "Arco-iris"

 
SILVIA REGINA COSTA LIMA
Enviado por SILVIA REGINA COSTA LIMA em 14/02/2010
Reeditado em 21/01/2016
Código do texto: T2087184
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