Sábado
 
A rua escura denuncia o vazio,
Foram-se todos, atrás do mundo iluminado
Aqui fiquei, desenredada, como um rio
Que corre em direção ao mar errado.
 
E me pergunto o que é daquela fantasia
Que um dia experimentei enfeitiçada,
Que é do rímel, do batom, da alegria
Que é da amante, da mulher enamorada?
 
Fico à escuta, aguardando uma resposta
Ao longe late um cão, depois mais nada,
Senão a noite, a estrela, a vida oposta...
 
Respiro fundo, sozinha rio, embaraçada
Minh’alma dança, literalmente, exposta
Sobre as calçadas de uma noite, enluarada.
Eliana Schueler
Enviado por Eliana Schueler em 13/02/2010
Código do texto: T2085810
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