Marca de Nascença
®Lílian Maial
Tenho a marca de nascença da poesia -
um estigma que trago em minha essência -
ladeada por brocados de euforia
e o silêncio sibilante da insolvência.
Nas sevícias de uma longa litania,
é nos versos que a razão pede clemência,
e se entrega ao devaneio e à epifania,
traz no ádito o pecado e a penitência.
Tanta dor aglutinada numa folha,
solitário insulamento sem escolha,
panteão que perpetua a orfandade.
Não há corte ou abrasão que a sublime.
Esse laivo, esse sinal que me redime,
É uma dádiva, é o inferno, ou a deidade.
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®Lílian Maial
Tenho a marca de nascença da poesia -
um estigma que trago em minha essência -
ladeada por brocados de euforia
e o silêncio sibilante da insolvência.
Nas sevícias de uma longa litania,
é nos versos que a razão pede clemência,
e se entrega ao devaneio e à epifania,
traz no ádito o pecado e a penitência.
Tanta dor aglutinada numa folha,
solitário insulamento sem escolha,
panteão que perpetua a orfandade.
Não há corte ou abrasão que a sublime.
Esse laivo, esse sinal que me redime,
É uma dádiva, é o inferno, ou a deidade.
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