A LUTA CONTRA A DOENÇA
Neste jugo fatal em que estou preso
Jogado ao mais puro desencanto,
Banhado pelo amargo de meus prantos,
Carcomido aos poucos pelo medo,
Contrário à lenda, invisíveis monstros,
Carnívoros terríveis me consomem
Na mórbida contenta em que me encontro.
Abutres de Prometeu mortos de fome.
Mas não me entrego à luta da jornada,
Qual Dom Quixote, vou seguindo a diante
Não obstante as feridas das pancadas.
Eu vou seguindo, mesmo lamentando,
Tecendo o susto em versos desgraçados,
E, confiante em Deus. Vou ser curado.