AQUELE OLHAR QUE NUNCA ESQUECI

Às vezes olho o céu, em meio a estrelas

Procuro um olhar igual a elas

Uma face encantadora posso vê-la

Nas plêiades que avisto da janela.

Que encantamento é o meu, quão delicadas

As luzes que à retina se afiguram.

Fortuita beleza aos olhos desgraçados,

Perdidas ilusões da desventura.

Mas busco aquele olhar em meio ao pranto,

Bebendo na lembrança o inculto vinho

Das doces ilusões, no desencanto.

E sofro ainda, e ainda me torturo

Fitando estrela em um quarto aqui sozinho,

Lembrando-me do olhar tão doce e puro.

Geraldo Altoé
Enviado por Geraldo Altoé em 11/02/2010
Reeditado em 11/02/2010
Código do texto: T2081263