AQUELE OLHAR QUE NUNCA ESQUECI
Às vezes olho o céu, em meio a estrelas
Procuro um olhar igual a elas
Uma face encantadora posso vê-la
Nas plêiades que avisto da janela.
Que encantamento é o meu, quão delicadas
As luzes que à retina se afiguram.
Fortuita beleza aos olhos desgraçados,
Perdidas ilusões da desventura.
Mas busco aquele olhar em meio ao pranto,
Bebendo na lembrança o inculto vinho
Das doces ilusões, no desencanto.
E sofro ainda, e ainda me torturo
Fitando estrela em um quarto aqui sozinho,
Lembrando-me do olhar tão doce e puro.