Desmonte
E nada está aqui,nada restou de tudo
que um dia foi meu lar, e foi também meu ninho,
vazio tudo está, não há sequer espinho,
não tem mais cor e tom, não é mais meu escudo...
Perfume já não há e tudo está desnudo!
Morreu o nosso amor, quebrou-se nosso vinho,
E nem carinho há, o amor morreu sozinho...
Tristonho e só se foi. Morreu calado, mudo!
O sonho que sonhei tornou-se pó, escuma...
Das rosas que plantei eu não colhi nenhuma,
Morreu o meu jasmim, sem ter sequer florido!
Não há lamento e dor, ninguém saiu ferido,
Não há o que lembrar, daquele tempo ido,
que agora virou pó, na mais profunda bruma!