Desmonte

E nada está aqui,nada restou de tudo
que um dia foi meu lar, e foi também meu ninho,
vazio tudo está, não há sequer espinho,
não tem mais cor e tom, não é mais meu escudo...

Perfume já não há e tudo está desnudo!
Morreu o nosso amor, quebrou-se nosso vinho,
E nem carinho há, o amor morreu sozinho...
Tristonho e só se foi. Morreu calado, mudo!

O sonho que sonhei tornou-se pó, escuma...
Das rosas que plantei eu não colhi nenhuma,
Morreu o meu jasmim, sem ter sequer florido!

Não há lamento e dor, ninguém saiu ferido,
Não há o que lembrar, daquele tempo ido,
que agora virou pó, na mais profunda bruma!

Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 11/02/2010
Reeditado em 11/02/2010
Código do texto: T2080745
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